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O paredão dos imbecis






Pra quê? Que gosto há nisso? Ãhnnn? Hein?
Certo dia sai de minha residência com destino à padaria, até ai tudo normal. Mas, no caminho, que não é longo, reparei que alguns homens conversavam em torno de uma pick up sobre o assunto: Paredão de Som!
Um deles, o mais empolgado, dizia: “Rapaz, se o cara vai numa festa, depois de ter gastado seis mil num som desse, e ouve um melhor que o do cara dá vontade de chorar”. Puta que pariu... que gosto tem isso?
Já vi gostos dos mais diversos, não tenho preconceito com nenhum deles - até mesmo o de criar sapos... – mas falando sério, escutar a merda de um som até os tímpanos reclamarem de dor e achar isso ótimo é, no mínimo, estranho. O que se passa pela cabeça de uma pessoa dessas? E mais, achar que você é melhor que alguém porque consegue abafar o som dela é um pensamento um tanto quanto imbecíl. Primeiro, quem “vence” é o som, a máquina, não você. Segundo, você gastou rios de dinheiro em uma coisa que perturba, estraga a saúde e em muitos casos é ilegal – digamos que seja uma diversão de homens fúteis que não conseguem fazer nada mais importantes que estrangular o ouvido e estuprar imaginariamente as “damas” dançarinas de funk.
E você, gastaria seis mil reais em um som?


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Crítica ao post: "Anistia ou anarquia?", do blog Tarde no Parque

Primeiramente, vejamos o post que está disponível no blog Tarde no Parque:

    "Censura 16 anos, era classificação do último filme que vi no cinema. Longas filas, salas lotadas, mas fui assim mesmo. Não demorou para os primeiros problemas aparecerem...

Logo na entrada, dois meninos tentavam furar a imensa fila, e, sob protestos dos que esperavam nela tão (im)pacientemente nela, o funcionário do cinema os deixou passar. Para alguns pode parecer banal, mas para mim esse é um ato de extrema cara de pau e falta de respeito. Já dentro da sala, a confusão chegou ao ápice: bagunça generalizada, gritaria, gente ouvindo música no celular – e forçando-nos a ouvir junto – tudo isso antes de começar o filme. Até que veio uma funcionária do cinema, comunicar que era necessária a saída de alguns elementos da sala, devido ao tumulto provocado. Pronto, estava armado o circo.
    A senhora deu-lhes uma lição de moral e boas maneiras, advertindo-os que caso se recusassem a sair, voltaria acompanhada dos seguranças do shopping, que os retiraria à força. Os adolescentes – ou seriam crianças? – pediram uma segunda chance para comportar-se melhor, sob a justificativa de uma garota que dizia que “não sabia que já deveriam estar quietos, pois o filme ainda não começara... os funcionários do cinema deveriam ter avisado que eles não podiam fazer aquilo, ou seriam convidados a se retirar.” Pois é, o mesmo argumento que seria utilizado pelo meu irmão de 4 anos. Um senhor que estava ao meu lado gritava: “Anistia a galera aí!”, e recebia a reprovação da “galera”, que provavelmente não sabia o que era anistiar. Anistia concedida, a funcionária retirou-se, sendo ovacionada – mas que ironia! – ao som de urros e aplausos dos demais presentes.
Não satisfeito, um outro grupo também queria aparecer. Infernizaram uma senhora até que um homem levantou-se aos gritos, ameaçando ele mesmo retirá-los da sala, e alegando que tinha poder para isto, pois era policial.
    O silêncio reinou na sala – mas que quimera! Alguns instantes depois, a tela escureceu e acenderam-se as luzes. Foi bom enquanto durou.
    As pessoas saíram da sala impressionadas com o filme, mas muito poucas com suas próprias atitudes. Sim, a corrupção – não apenas do erário, mas dos valores, principalmente – que nos é mostrada no filme é chocante e inescrupulosa. Mas eu costumo sempre dizer que os governos são como um reflexo aumentado dos seus governados. Enquanto o povo não crescer mentalmente, não há governo que provenha o progresso. Até quando, meu Brasil?
    Apesar de tudo, gostei do filme, e espero brevemente expor aqui minhas concepções a respeito. É um dos poucos filmes nacionais que eu não tenho a impressão de estar vendo uma novela da Globo. Infelizmente, a novela brasileira eu continuo a presenciar, todos os dias."



CRÍTICA


                   Gostei muito deste post porque abriu uma oportunidade de eu falar sobre algo que está me incomodando muito: a adolescência atual.

Bem, provavelmente o senhor que pediu a anistia tem em casa um desses adolescentes. Vamos falar um pouco destas peças.
Admira-me muito adolescentes anarquistas perdendo seu glorioso tempo assistindo um filme tão crítico e adulto como “Tropa de Elite 2” (apesar de o título do filme não ser especificado), é sinal de que o Brasil pode estar melhorando – ou não? O fato é que a adolescência vigente perdeu o respeito pelo próximo (ok, sei que digo o óbvio, mas calma...) e hoje, seguramente afirmo que não soluções pedagógicas para este problema psicológico que atingiu de cheio as mentes incompletas dos adolescentes. Ora, que tipo de pessoa liga o som do celular dentro de uma sala de cinema? Este fato repete-se em ônibus, ruas e afins. Que tipo de pessoa tem como objetivo ir a um cinema para “infernizar”, como foi posto, a vida de uma senhora? Nossa adolescência perdeu as estribeiras, agora são apenas cavalos! Mas, e por que isso tudo? Vejamos.
Através de um olhar diacrônico percebemos que a adolescência ganhou espaço na sociedade, uma espécie de uma proteção intransponível, a qual dá total liberdade de atacar sem ser atacado. A cada ano os adolescentes vão conhecendo ainda mais seus direitos e ficam, literalmente, cheios de direito. Os “coroas” de hoje em dia foram educados à base de palmadas e restrições, tapas na boca, repressões deprimentes... mas hoje são o que são. Quantos idosos anarquistas você conhece? Como serão estes jovens de hoje daqui a cinqüenta anos – se é que estarão vivos...? A solução, a meu ver, ainda que se pareça improvável, era voltarmos aos tempos em que os pais podiam CRIAR seus filhos como bem entendiam, sem intervenção de um estatuto que defende a anarquia. Sempre houve transgressões: pais que batiam muito, que exageravam... mas sempre foram punidos; e por que criar um estatuto específico para isso, uma vez que este estatuto pune da mesma forma que a lei punia antes e acresce ao fantástico mundo da proteção normas – ou leis – que privilegiam os coitadinhos dos adolescentes.
                  Aquele que anistia os adolescentes atuais não merece ser anistiado. Eles são, já, conscientes de seus atos e agem da maneira que agem por serem acobertados. Gostaria muito de falar sobre a diminuição da idade penal, mas deixemos para um outro dia.

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