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Os rabiscos de um novo mundo - Introdução





Vamos falar sobre literatura. É, literatura.
Nestes nossos tempos de ultra-modernidade, acostumamo-nos a ler cada vez menos. O livro surrado, no ônibus, deu lugar aos fones prejudiciais, ou aos “celulares-dj´s”. As discussões acerca dos mistérios da alma, das supostas traições e dos assassinatos indissolúveis, foram cara-de-paumente substituídas por flamejantes debates sobre mulheres-fruta, futebol e a vida da vizinha, claro. Mas todos nós somos obrigados a gostar da literatura? Não! Óbvio que não! Literatura não é coisa fácil, não. É coisa pra quem sabe, o troço é difícil, é impactante, einsteniano... tá! Também não é assim. Mas vai dizer que não é isso o que pensam?
Pensam sim! Mas também, quem inventou que a literatura é uma filosofia com personagens? Pensa-se, assim, que para se ler é preciso entender Platão e seus mistérios – é, se entender é melhor, mas... -, ou que ler Machado de Assis é apenas para os imortais da ABL... também não é assim. As narrativas existem para entreter, não para estudos astrofisiopsicoantroposociológicos! Tem gente que lê um haikai e quer construir uma tese de mestrado em cima dele, com base em Aristóteles... [Boa Sorte!]. Com o poder da academia a literatura saiu do seio de sua origem: do povo! Pronto, falei.
É uma máquina. É tudo uma máquina. Quem nunca deixou de ler Paulo Coelho porque “lembrou” que é ruim? Quem nunca leu Machado de Assis até o final mesmo se contorcendo de tédio, olhando a última página sempre para certifica-se de que estava próximo do fim? Tudo é produzido dentro das universidades, onde os “produtores de sentido profissionais” trabalham. Logo depois, passa-se ao público destreinado uma leitura da literatura em questão. Pronto. Se eles disserem que é bom você lê, caso contrário, você xinga! Há de se saber, portanto, para esta discussão, o que é ler, o que é literatura, qual é esta noção de poder das academias, quem tem razão... tudo isso. Por isso, este texto é uma introdução a vários outros que virão. Claro, quando houver a inspiração para escrever!

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